Na origem das dificuldades que a presidente Dilma está enfrentando no Congresso estão duas indefinições: uma sobre o tratamento que o governo dará à candidatura do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara e outra a respeito do tamanho do patrimônio ministerial do PMDB.
Diante delas, a bancada do partido na Câmara faz corpo mole e aumenta o preço do apoio, que encarece principalmente porque o Planalto não fala com a base. Também há o fato de que, com uma taxa de renovação de 43%, é difícil atrair a Brasília os deputados que não foram reeleitos.
Na segunda-feira, pela primeira vez, quase 40 dias depois de reeleita, finalmente a presidente Dilma reuniu-se com os líderes de sua base de apoio no Congresso. Ela pediu empenho na votação do projeto que autoriza o descumprimento do superávit, mas foi ouvida com certa indiferença por aqueles que aguardam um lugar na fila da negociação política para o Dilma 2.0.