Marina Silva é a sucessora natural de Eduardo Campos e está novamente no centro de uma reviravolta na sucessão presidencial, menos de um ano depois de associar-se a ele e imprimir novo rumo às eleições deste ano. A tragédia que vitimou o candidato do PSB à Presidência aumentou as chances de a eleição ser decidida no segundo turno e pôs em risco a liderança de Aécio Neves no segundo lugar da disputa.
Tudo depende do piso do qual ela partirá, com o desaparecimento do líder da chapa depois de um mês de campanha, e da reação da estrutura partidária a ser mobilizada pelo PSDB, com candidatos competitivos em quase todos os estados.
A lei determina que a substituição deve ser feita em dez dias, tempo para o luto e negociações políticas. O fato de o grande projeto de Marina ser a Rede, partido ao qual tem dedicado toda a sua ação política, pode dificultar a absorção de seu nome.
Ela apareceu na televisão muito abatida e transmitiu uma mensagem emocionada.