O presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP) decidiu manter sua candidatura à reeleição apesar de o PMDB e o PSDB terem definido nesta semana apoio ao candidato petista Arlindo Chinaglia (SP).
Perguntado sobre como via a situação, Aldo reagiu com a alma stalinista: “Vamos ao combate”, declarou Alo á Reuters. E ainda que a nossa Stalingrado é no plenário . Adiante, Aldo referiu-se à Operação Barbarossa, nome da fracassada invasão de Hitler à União Soviética.
Aldo refugia-se na história para se defender dos seguidos reveses que vem recolhendo. Desde que voltou ao páreo com a patética derrocada da cláusula de barreira, Aldo só levou chumbo. Contava com Lula que o abandonou. Depois se meteu com a malograda operação para aumentar de forma indecente os salários dos parlamentares.
Ao se comparar ao seu ídolo de infância, o carniceiro, sádico e traíra Stalin, Aldo comete vários equívocos. Além, é óbvio, de ter Stalin como parâmetro.
Stalin, ao contrário de Aldo, não cometeu tantos erros. Deixou Hitler entrar, esperou o inverno e os problemas de logística do exército alemão. Para vencer, além da bravura dos soldados em Stalingrado, a grande segunda batalha da Segunda Guerra Mundial a primeira foi a Batalha da Inglaterra, os soviéticos contaram com o apoio dos americanos e do general inverno que congelou centenas de milhares de alemães nos campos de batalhas.
Aldo pode ganhar a disputa. Ainda não está totalmente perdida. Conta com o apoio de muitos do baixo-clero, de parte da oposição e dos dissidentes do PMDB. Pode conseguir ir para o segundo turno. Falta-lhe, porém, o gênio de Stalin e o general inverno para congelar os soldados de Arlindo. A seu favor, a irresistível e cretina votação do parlamentar brasileiro de trair acordos em votações secretas.