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O discurso de Dilma no Fórum Econômico Mundial, por Murillo de Aragão

Durante discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, a presidente Dilma Rousseff (PT) buscou transmitir uma mensagem positiva aos investidores e ensaiou qual deve ser seu discurso durante a campanha pela reeleição este ano.
 
Na sua manifestação, Dilma lembrou a ascensão social de milhões de brasileiros nos últimos anos, o que no seu entendimento está tornando o Brasil um país de classe média. A presidente também destacou o crescimento da renda das famílias, que ajudou a criar um mercado de consumo e a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Outro ponto destacado foi a geração de empregos.
 
Dilma Rousseff não deixou de mencionar o grande momento de desgaste vivido por seu governo: as manifestações de junho do ano passado. A presidente atribuiu os protestos ao processo de mudança social existente no país. Na avaliação de Dilma, as manifestações mostraram um desejo de mais avanços e mais conquistas sociais, que ela atribui à sua gestão e ao governo do ex-presidente Lula.
 
Apesar de enaltecer o grande legado deixado por Lula (processo de inclusão social, sobretudo a expansão da classe média), o principal foco da mensagem de Dilma Rousseff foi em relação à economia. Diante da desconfiança de importantes setores do mercado, a presidente se comprometeu com o controle da inflação. Disse que seu governo mantém o equilíbrio das contas públicas e segue o regime de metas de inflação, o que é contestado por seus principais adversários.
 
A presidente Dilma Rousseff também falou que a estabilidade da moeda é um valor central. Outros dois pontos interessantes de seu discurso foram: 1) a necessidade de os entes federados aprimorarem o compromisso na área fiscal; 2) o reposicionamento dos bancos públicos para crédito e financiamentos.
 
Outro destaque da fala de Dilma Rousseff foi o compromisso com o aumento dos investimentos em infraestrutura, uma das áreas criticadas por seus oponentes, sobretudo as obras da Copa do Mundo. A presidente mencionou as concessões e licitações realizadas em rodovias, portos e aeroportos como um exemplo de que seu governo trabalha em parceria com o setor privado.
 
A ênfase dada por Dilma à inflação, aos investimentos e às obras em infraestrutura indica qual poderá ser a abordagem que a presidente dará a esses temas durante as eleições de outubro.