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O delator resolveu falar também no Congresso


A terceira passagem de Paulo Roberto Costa pelas CPIs da Petrobras deixou os políticos deprimidos. Ele disse três coisas, na verdade confirmou, que na sua voz agravam a situação complicada dos envolvidos:

  • a responsabilidade pelo prejuízo com a compra de Pasadena é do Conselho de Administração, na época presidido pela presidente Dilma
  • alertou, por email, a então ministra do Gabinete Civil, Dilma Rousseff, da ocorrência de irregularidades em obras como a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco
  • citou o nome de algumas dezenas de políticos nos 80 depoimentos que deu ao Ministério Público e à Polícia Federal (o Globo informou na sua edição online que em duas conversas em separado, no final da sessão da CPI, o ex-diretor da estatal contou a dois deputados que citou os nomes de 35 a 40 políticos).

Até ontem, as especulações em Brasília mencionavam o envolvimento de até 150 parlamentares.
Acreditando que o delator ficaria em silêncio, os governistas importantes não compareceram e a oposição ficou assustada. Soou a campainha chamando os parlamentares para a ordem do dia (quando são tomadas as deliberações, sobrepondo-se a qualquer outra reunião), que começaria dali a minutos no plenário do Senado.
As revelações de Paulo Roberto, em pleno ambiente do Congresso, habitat dos políticos, contribuiu para o deixar o clima pesado e todo mundo nervoso. Minutos depois governo e oposição iriam às vias de fato, adiando mais uma vez a votação do descumprimento do superávit primário.