A campanha de 2010 foi considerada uma das mais duras das cinco realizadas depois da redemocratização até aquela data. A troca de acusações entre a então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff e o ex-governador José Serra foi puro. Na base do bateu levou. O aborto, a quebra de sigilo bancário de familiares do tucano e a suspeição levantada pelo PT de que o PSDB iria privatizar a Petrobras foram três pautas que azedaram o relacionamento entre os dois partidos e os dois candidatos que polarizaram a disputa mais uma vez.
Diante de 2014, contudo, a campanha de 2010 está parecendo coisa de anjos. Hoje, por exemplo, o site Visão Nacional destacou duas dezenas de manchetes de diversos sites tratando sobre o assunto. Mas nada superou o bate-boca estilo MMA entre a presidente Dilma e Marina Silva, do PSB, sobre a influência do sistema financeiro na trajetória política das respectivas candidatas.
“E agora, eles que fizeram o ‘bolsa empresário’, o ‘bolsa banqueiro’, a ‘bolsa juros altos’, estão querendo nos acusar de forma injusta em seus programas eleitorais”, disparou Marina. “Não adianta querer falar que eu fiz bolsa banqueiro. Eu não tenho banqueiro me apoiando. Eu não tenho banqueiro, você entende, me sustentando”, respondeu Dilma, numa alusão ao fato de uma das coordenadoras do programa de Marina, Maria Alice Setubal, conhecida como Neca, uma das principais interlocutoras da presidenciável, ser herdeira do Banco Itaú.