Começou discretamente o ajuste econômico que os críticos preveem para o ano que vem. Onde pode, a tesoura do Ministério da Fazenda corta, encolhe, adia. Por exemplo: a presidente Dilma sancionou a lei do aumento para os agentes de saúde, mas vetou a parte relativa aos critérios de reajuste, que estabelecia periodicidade anual. A elevação de dois pontos percentuais no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), antiga reivindicação prefeitos, colhidos por severas dificuldades financeiras, encalhou na Comissão Especial da Câmara responsável pela análise da matéria. Se for aprovada ali, vai direto para votação no plenário. E o reajuste de 28,86% devido aos militares há quase 20 anos tem sido sistematicamente adiado. Já existe decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) e uma súmula da Advocacia Geral da União (AGU). O governo tem adiado o pagamento e caso seja obrigado judicialmente, quitará a fatura por meio de precatórios (títulos da dívida emitidos para fazer frente a situações como essa).