A entrada em vigor do novo salário mínimo de R$622 em 1º de janeiro de 2012 deve injetar R$47 bilhões na economia brasileira, segundo estimativa divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Considerando o valor de R$545 em março de 2011, o novo mínimo teve um reajuste nominal de 14,13%; descontada a inflação no período, o ganho real chega a 9,2% para o trabalhador. Economistas estimam que o novo piso salarial não pressionará as contas públicas. Tampouco deve ter um grande impacto na inflação, num momento em que o Banco Central (BC) ainda luta para levar a taxa para o centro da meta (de 4,5%). Segundo o Dieese, o aumento de R$77 do salário mínimo trará uma despesa adicional de R$19,8 bilhões sobre a folha de benefícios da Previdência Social do próximo ano, calculado a partir de uma estimativa de R$257 milhões por ano para cada R$1 de aumento no mínimo. A arrecadação sobre o consumo, segundo a entidade, deve mais que compensar esse gasto e crescer R$22,9 bilhões. (O Globo)