Ao lado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a presidente Dilma Rousseff atacou o impacto sobre o valor das moedas e o crescimento das economias emergentes da política monetária expansionista adotada pelo Federal Reserve, o banco central americano, e de medidas protecionistas. "Essas políticas monetárias, solitárias no que se refere às políticas fiscais, levam à valorização das moedas dos países emergentes, levando ao comprometimento do crescimento dos países emergentes", afirmou ela, ao final de uma hora e meia de conversa, no Salão Oval da Casa Branca. Dilma incluiu em suas críticas a atuação de economias avançadas com "superávit fiscal", em uma referência indireta à Alemanha. Mas não as detalhou. Preferiu concentrar-se nos desequilíbrios gerados por duas iniciativas do Fed de expandir o volume de dólares na economia americana como meio de estimular a atividade. Uma delas está em vigor até meados deste ano. Esse volume tem sido deslocado para economias emergentes com maior potencial de retorno, como a brasileira, e provocado a valorização do real. A consequência é a redução da competitividade do produto brasileiro no exterior e o barateamento de bens importados. (O Estado de S. Paulo)