A normalização do comércio entre Brasil e Argentina será lenta e depende de novas reuniões entre os negociadores dos dois países, já que as divergências bilaterais não foram superadas no encontro desta semana em Buenos Aires, avaliou um porta-voz do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro.
Segundo a agência Efe, as divergências entre os dois maiores sócios do Mercosul se agravaram há duas semanas, depois de o Brasil impor licenças não-automáticas à importação de automóveis de todo o mundo, uma restrição que prejudica principalmente a Argentina.
A medida foi interpretada como uma represália às barreiras da Argentina a diferentes produtos brasileiros, já que esse país aumentou significativamente no início de 2011 o universo de produtos aos quais aplica licenças não-automáticas de importação para proteger a indústria local.
A decisão brasileira gerou uma dura resposta da Argentina e obrigou os dois países a pactuar uma flexibilização em suas restrições e a programar uma reunião de ministros-adjuntos que ocorreu na segunda-feira e terça-feira passada em Buenos Aires, um primeiro passo para as negociações.