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No ministério não pode

De acordo com o Folha On Line, o deputado federal Odílio Balbinotti (PMDB-PR) comunicou à cúpula do PMDB que desistirá da indicação para o Ministério da Agricultura. Tudo por conta do noticiário pesado a respeito dos processos que responde por uso de laranjas e outras coisas.


 


Além de ser deputado federal opaco e do baixíssimo clero, Balbinotti tem uma fortuna extraordinária. É um dos maiores, se não é o maior, revendedor de sementes de soja do país. Sua empresa, Sementes Adriana é o maior fornecedor de Blairo Maggi, governador de Mato Grosso e um dos maiores plantadores de soja do mundo.  


 


Balbinotti desistiu por não ter condições éticas e morais para ser ministro? Parece que sim. Porém, continuará a ser deputado.  Quais são as  lições do episódio?  A primeira é que o fato não é novo. Aconteceu muitas vezes. Uma delas, por exemplo, foi lembrada pela revista Veja com Nuri Andraus no governo Itamar Franco.


O episódio revela ainda que o controle de entrada para o ministério é muito mais rigoroso do que o do Congresso. No Congrezso, Balbinotti pode ficar. No ministério não.


Por fim, revela quão frágil é a checagem do Palácio do Planalto acerca dos candidatos a ministro. A confusão poderia ser evitada.