O povo fala
16 de abril de 2014
Inserções do PSDB na TV mostram um 'novo' Aécio, por Murillo de Aragão
17 de abril de 2014
Exibir tudo

Ninguém tem aposta para outubro

A próxima eleição está intrigando os bruxos dos institutos de pesquisa. Num intervalo de três dias, dois deles disseram que o próximo pleito é o mais imprevisível dos últimos 25 anos, quando os brasileiros voltaram a escolher o presidente da República pelo voto direto. Em entrevista ao Globo publicada hoje, o presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro, afirmou: “Essa é a eleição de prognóstico mais difícil de nossa História, até porque é a primeira vez em muitos anos que não tem candidato de SP. Parece que o eleitor não quer que ninguém ganhe. Ele vai votar contra, não a favor’”.

Uma variável nova, segundo o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, é que embora a economia continue sendo o fator mais influente, já teve peso maior antes. Hoje, o eleitor está muito mais crítico e exigente em relação aos políticos. Além disso, a inflação está em alta e o desejo de mudança também é muito elevado, compartilhado por 72% da população. Contribuem para tornar o resultado da eleição ainda mais imponderável, o fato de a intenção de voto na presidente Dilma estar caindo e sua agenda, muito negativa. E a oposição ainda não se apresentou – os dois principais candidatos têm percentuais muito grandes de desconhecimento.

“Há um estudo que comparou as taxas de ‘ótimo’ e ‘bom’ dos governadores e presidentes com o sucesso de sua reeleição. Ele concluiu que o limite mínimo de ‘ótimo’ e ‘bom’ para um governante se reeleger é de 34%. A presidente Dilma está com 36%”, disse Mauro Paulino na entrevista das páginas amarelas da revista Veja. Só Lula parece imune ao desgaste provocado pelo cenário adverso para os governistas. Ele lidera disparado como o nome capacitado para mudar.