Veja comentário de hoje na coluna Brasília-DF do Correio Braziliense da jornalista Denise Rothenburg:
“Engana-se quem pensa que os governadores eleitos e reeleitos, especialmente os da oposição, estendem a mão ao presidente Lula pela vontade de freqüentar o Palácio da Alvorada. Estão todos de olho na possibilidade de renegociação das dívidas estaduais, depois do aceno feito por Lula durante a campanha no Sul do país. O gesto foi a mola do tom amistoso. Os especialistas apostam que descontos e prazos maiores para pagamento dos débitos serão as palavras de ordem em janeiro. Só o Rio Grande do Sul paga R$ 120 milhões por mês. Um desconto de 5% representa R$ 6 milhões. Isso não é pouco para o caixa, comenta o cientista político Murilo Aragão, da Arko Advice.
No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, alguns estados conseguiram uma renegociação. No primeiro mandato de Lula houve um movimento nesse sentido, mas as propostas foram substituídas pelo fundo de combate à pobreza e compensações da lei Kandir de incentivo às exportações. Agora, Lula cogita abrir o pote de ouro do Poder Executivo. Falta dizer quanto.”