A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) será presidida, pela primeira vez, a partir de março, por um executivo de fora dos quadros das instituições associadas. O processo de seleção do sucessor do atual presidente, Fábio Barbosa, não está concluído, mas um nome ganhou força: Murilo Portugal, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda e atual vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). A Febraban não comenta, porque o processo de escolha não está concluído. Em março, o conselho da Febraban decidiu prorrogar por 12 meses o mandato da atual diretoria, com Barbosa à frente. Na mesma reunião, definiu-se que a entidade buscaria um executivo profissional para sua presidência, interrompendo a tradição de nomear "banqueiros".
Economista, Portugal é muito próximo do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Quando dirigiu o Ministério da Fazenda, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Palocci levou Portugal para ser secretário-executivo da pasta. Portugal esteve em Brasília na posse de Palocci e acompanhou a do novo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, quando disse a interlocutores que queria voltar ao Brasil, embora seu mandato no FMI expire em dezembro.