Com o barril do petróleo chegando a US$ 125 e a perspectiva de problemas geopolíticos no Oriente Médio, que podem elevar ainda mais o valor da gasolina nas bombas, o momento é favorável à conversão do carro para o gás natural veicular (GNV), disse o engenheiro Rosalino Fernandes, coordenador do Comitê de GNV do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). Ele alerta que o país tem que se preparar para a entrada de grandes volumes de gás natural, com a exploração do pré-sal e dos demais campos petrolíferos. "Existe a perspectiva de crescimento no mercado, com uma grande disponibilidade do pré-sal. Isso abre espaço para o gás complementar nossa matriz energética e de nos protegermos das oscilações do preço do petróleo", disse. Outro bom motivo para a adesão ao GNV, segundo o engenheiro, é que o preço do etanol, que seria uma alternativa à elevação da gasolina, também não deverá baixar: "O mercado de açúcar continuará demandador, incentivando as usinas a exportarem o produto, o que pressiona o preço do etanol internamente". (Agência Brasil)