Ao contrário dos sinais dados por governos árabes de promover um isolamento cada vez maior da Síria e mesmo diante do recrudescimento da violência, o Brasil desembarca hoje em Damasco com a intenção de manter o regime de Bashar Assad engajado nas reformas, permitir que os canais de diálogo não sejam fechados e até propor uma transferência de know-how sobre como lidar com manifestantes nas ruas. Em entrevista ao Estado por telefone de Beirute, antes de embarcar para Damasco como enviado do Itamaraty, o subsecretário do Ministério de Relações Exteriores, Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, garantiu que o Itamaraty "não é ingênuo" e discutirá a questão da repressão. "O Brasil não é Poliana", afirmou. (O Estado de S.Paulo)