Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Exibir tudo

Mediocridade e crise

O sucesso ou o fracasso das nações é uma das questões mais intrigantes. Por que algumas nações conseguem poder e prosperidade e outras não? Por que algumas nações destruídas nas guerras, como o Japão e a Alemanha, conseguiram em pouco tempo se restabelecer? Por que nações como o Brasil e a Argentina, abençoadas com recursos naturais abundantes, bom clima e prudente distância das turbulências políticas e bélicas do mundo, não conseguem realizar todo o seu potencial?
 
O livro Por que as nações fracassam, de Daron Acemoglu e James Robinson, dão sérias e consistentes pistas sobre o problema. é uma obra indispensável para aqueles que pensam o Brasil e querem buscar vias para o progresso de nossa sociedade. 
Os caminhos do sucesso de uma nação estão na liberação do potencial criativo e empreendedor de seu povo. Essa é uma tarefa de nossas lideranças públicas e privadas. Infelizmente, não faz parte de suas agendas.
As lideranças públicas tratam de ampliar os domínios do Estado, das corporações que representam e de seus grupos políticos. Trata-se de uma perversa aliança de políticos, burocratas e funcionários de carreira para explorar a sociedade.
Já as lideranças privadas agem pragmaticamente e voltadas para seus interesses. As de maior sucesso têm na relação privilegiada o seu grande trunfo. Vide o caso de Eike Batista, que vendeu mundos e fundos a partir das relações de poder.
Para piorar, nossas lideranças de hoje são fracas. Nenhuma liderança relevante pós-golpe de 64 se consolidou como verdadeiro líder. Todos ainda transitam entre a segunda e a terceira divisão da política. Ciro Gomes, depois de mudar de partido “n” vezes, é uma pálida voz do reformismo que chegou a encantar alguns incautos com sua verborragia de segunda.
Jose Serra, ainda que seja um dinossauro dos tempos duros, divide muito mais do que agrega. Geraldo Alckmin tem na sua palidez a grande qualidade. Aécio Neves aparece pela vida social intensa e pelas dúvidas que causa acerca de sua real intenção de ser candidato. Dilma Rousseff sobressai pelo mandonismo e pelas expectativas de que seria uma gerente eficiente. Eduardo Campos ainda é um fenômeno regional. Marina Silva se destaca em seu messianismo pela mistura tupiniquim de Madre Teresa de Calcutá com um Gandhi de bloco de axé.
Ainda dependemos de Lula e FHC para buscar a política maior. Ambos já estão velhos e mal conseguem conter a mediocridade de seus liderados. Lula não dá conta de proteger o “lulismo” dos equívocos políticos e gerenciais do atual governo. FHC não consegue proteger o seu legado nem apaziguar um partido, o PSDB, cindido por uma interminável guerra de egos e vaidades.
Ironicamente, temos crises mais à frente que podem nos fazer avançar. Inegável reconhecer que o Brasil só faz o dever de casa na bacia das almas. Foi assim com o Plano Real e os aperfeiçoamentos pós-crise de 1998. Foi assim com Lula, que sabia que não terminaria o governo, caso deixasse a crise econômica e financeira engolir o país.
Precisamos de crises para evoluir. A falta delas gerou complacência e notável perda de qualidade na gestão financeira, fiscal e econômica do país. Pois bem, logo ali, depois da curva, duas crises nos esperam. Uma de natureza econômica, que nos forçará a desacelerar o crescimento do país para conter a inflação. Vai implicar desemprego, juros mais altos e redução de gastos públicos. Tudo o que os políticos não gostam de fazer.
Começar começa, mas sem data para acabar
27 de novembro de 2013
Reforma do fim do mundo, por Murillo de Aragão
2 de dezembro de 2013