Na melhor das hipóteses, a massa falida do Banco Santos receberá apenas 8,42% do total devido por ex-clientes que deixaram de quitar seus débitos após a intervenção no banco, em 2004. Esta é a avaliação da carteira de créditos da instituição, cobrados na Justiça por meio de centenas de ações judiciais. Segundo o relatório da Directa Avaliações, que fez o estudo, a carteira de contencioso do banco, em valores de novembro do ano passado, soma R$ 3,29 bilhões em cobranças judiciais. O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, no entanto, contesta a avaliação. "Querem transformar R$ 3,5 bilhões em R$ 200 mil, isso é brincadeira", disse ao Valor, em entrevista concedida na casa de um amigo, onde mora desde que foi despejado de sua mansão.