Reveladora a entrevista do Mauro Paulino, diretor geral do Instituto Datafolha, ontem, no programa Roda Viva, da TV Cultura, de São Paulo. Segundo ele, ao contrário do que muitos imaginavam, a tragédia da morte de Eduardo Campos não agregou votos a Marina Silva. Os 21% que ela teve agora são similares ao percentual de votos totais que ela recebeu em 2010 (17,7%) e próximo também aos 27% (considerando a margem de erro), que ela tinha em abril, após a exposição do programa partidário do PSB. Ou seja, os 21% são vistos por Paulino como o capital político da ex-senadora. Mais importante: Marina consegue atrair os chamados “desiludidos com a política”. Com a entrada dela no páreo, o índice de brancos, nulos e indecisos cai para o patamar histórico de 10%. Paulino chamou a atenção de que nesta eleição, o sucesso vai depender da comunicação do candidato, de um discurso que vale dia a dia das pessoas, que pedem melhores serviços públicos.