Pressionado por denúncias de irregularidades na Casa da Moeda e brigas políticas no Banco do Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, resolveu antecipar hoje aos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) boa parte das medidas em estudo para socorrer a indústria, que estão sendo chamadas de Plano Brasil Maior 2, a segunda fase da política industrial. Mantega disse ainda que o governo quer fazer a taxa de básica de juros (Selic), hoje em 9,75%, convergir para o nível da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), de 6% ao ano. O ministro prometeu uma estratégia ampla para proteger os setores mais prejudicados pela competição externa e garantiu dinheiro mais barato para as empresas nessa fase de grande "sofrimento". O BNDES e o Banco do Brasil vão liberar empréstimos para capital de giro com taxas de juros menores. A medida dará mais fôlego para as empresas nas suas operações do dia a dia. A última vez que isso aconteceu foi em 2009, quando a economia desacelerou por causa da crise internacional. "O Brasil não vai ficar sem indústria, não vamos abandoná-la. País que só tem commodities não é forte", disse Mantega, que tentou reverter as pressões, optando por apresentar uma "agenda positiva". (Agência Estado)