Se por um lado o Ministério da Fazenda tem as projeções de inflação muito bem alinhadas com as do Banco Central, a rota é totalmente oposta quando se trata das estimativas para o crescimento da economia brasileira. Essa diferença se mostra muito acentuada com relação às perspectivas de 2012, um ano que chega ainda carregando muitas incertezas sobre o desenrolar da crise nos países desenvolvidos. Ontem, durante café da manhã marcado justamente no horário de divulgação do Relatório de Inflação do BC, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi questionado sobre a expectativa de alta de 3,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem feita pela autoridade monetária. Oficialmente, Mantega mantém 5% no Orçamento Federal, mas ontem reafirmou que é possível apurar algo entre 4% e 5% de acordo com o desenvolvimento da crise externa. O ministro minimizou o papel da autoridade monetária em relação às projeções sobre o desempenho da economia. "A previsão do Banco Central é mais precisa no que diz respeito à inflação, que é de 4,7% para o ano que vem e isso me parece bastante razoável. Em relação ao crescimento, eles são menos precisos." (Brasil Econômico)