O ministro da Fazenda, Guido Mantega, está na contra mão do Palácio do Planalto, que trabalha 24 horas em favor de uma agenda positiva. Em entrevista ao Globo, ele admitiu que o aumento de impostos sobre bens de consumo pode ser uma das armas do governo para realizar o esforço fiscal prometido para 2014.
Mantega garantiu que a realização da meta de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de 1,9% do PIB é um compromisso "irreversível", e será entregue com aumento na arrecadação ou corte nas despesas. Segundo o ministro, o gasto extra de R$ 1,3 bilhão com o reajuste de 10% no Bolsa Família este ano, anunciado pela presidente Dilma Rousseff no Dia do Trabalhador, não é expressivo e será absorvido sem prejuízo da meta fiscal.