A escalada de preços dos alimentos está corroendo o bolso dos consumidores e tornando ainda mais difícil o trabalho do Banco Central de manter a inflação sob controle. Em março, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), constataram-se aumentos generalizados nos preços da comida – na média, a alta desse grupo de produtos ficou em 2,60% – e reajustes em quase todos os segmentos acompanhados pela instituição. A subida dos preços foi tão forte que o índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) (1) cravou, no mês passado, elevação de 0,86% ante o 0,68% de fevereiro. Mais uma vez, o grande vilão da mesa dos brasileiros foi o tomate, com aumento médio de 51,15% apenas em março. Em alguns supermercados, porém, o produto dobrou de preço em relação a fevereiro, com o quilo passando de R$ 2,50 para R$ 5. A disparada foi atribuída ao excesso de chuvas, que, segundo comerciantes, está fazendo escassear a oferta de frutas, legumes e hortaliças. Com colheita menor, o pimentão amarelo está sendo ofertado em Brasília por mais de R$ 12 o quilo. Em vários pontos, já é possível notar, por exemplo, a falta de alface.