Passadas três semanas do início da crise no Ministério do Trabalho, cresceram as chances de o PDT perder a pasta na reforma ministerial programada pela presidente Dilma Rousseff para o primeiro bimestre de 2012. O partido não recebeu nenhuma garantia do Palácio do Planalto de que manterá a pasta comandada por Carlos Lupi, mesmo que vingue a ideia do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), de afastamento do ministro Carlos Lupi e de sua substituição por um outro pedetista. A estratégia montada por Paulinho e seu grupo de dar um "aviso prévio" para saída de Lupi e pôr em seu lugar um aliado contraria o Planalto. Não foi à toa que o ministro-chefe da Casa Civil, Gilberto Carvalho, mandou ontem um recado claro ao PDT ao afirmar que o regime é presidencialista e "Lupi continua ministro e a vida segue para nós". (O Estado de S.Paulo)