Visitas ao Egito e Túnisia a convite dos movimentos que desencadearam a onda de revoluções populares no Oriente Médio, dois documentários e um livro sobre os êxitos de seu governo, e cuidado para não esbarrar, pelo menos publicamente, em temas que dizem respeito estritamente ao governo e à presidenta Dilma Rousseff. Vencido o prazo auto-imposto de seis para "desencarnar" da Presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu concentrar esforços na agenda internacional e em ações que evitem tentativas de equiparação entre seu governo e o do tucano Fernando Henrique Cardoso. "Vou me meter menos no Brasil porque aqui tem governo", disse o ex-presidente, em uma visita do Sindicato dos Bancários de São Paulo, na última quarta-feira. Lula, que nos últimos meses se tornou alvo de críticas por supostas intromissões no governo Dilma, estará entre os dias 11 e 13 deste mês na Tunísia e no Egito, ou seja, no olho do furacão da onda de revoltas que está varrendo governos no Oriente Médio. Nos dois casos ele foi convidado por movimentos que lideraram as rebeliões. (iG São Paulo)