As centrais sindicais, que aguardavam uma nova rodada de negociação com o governo, reagiram ao revés duplo sofrido hoje. Primeiro, devolveram a acusação de "oportunismo" ao próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lembrando que ele e Dilma prometeram juntos, em plena campanha eleitoral, o aumento real do salário mínimo para 2011. Surpresos com a decisão tomada na reunião de coordenação do governo de enviar a proposta de R$ 545, reafirmaram a disposição de brigar nas ruas e no Congresso por um aumento superior. Em encontro das seis entidades hoje cedo, o grupo decidiu emitir um documento conjunto que indica o rompimento da presidente com os trabalhadores. O primeiro grande protesto, do setor metalúrgico, acontece amanhã em São Paulo.