O funeral do deputado federal Adão Pretto (PT-RS), morto anteontem vítima de pancreatite, transformou-se em um ato pró-reforma agrária. Sob bandeiras de movimentos sociais, cerca de mil pessoas se reuniram no cemitério Jardim da Paz, em Porto Alegre, em cerimônia que mesclou serviço religioso e política.
O presidente Lula viajou à cidade junto com sete ministros e ouviu cobranças pela reforma agrária. A mais incisiva delas partiu do bispo de Goiás e conselheiro da CPT (Comissão Pastoral da Terra), dom Tomás Balduíno.
"Nossa reforma agrária cadê?", questionou o bispo ao discursar na capela, diante de Lula. "Ele [Pretto] deve estar se perguntando a quem de direito", afirmou dom Tomás.