O fim da guerra dos portos – aprovado no Senado, na semana passada, por meio da Resolução 72, que unificou o ICMS das importações – não significa apenas uma solução tributária que beneficia o comércio exterior brasileiro e a indústria nacional. Na visão do governo, vai além, pois acaba com artificialidades no uso da infraestrutura de transportes do país. Como alguns estados ofereciam incentivos fiscais para atrair importações via seus portos, muitas vezes a carga fazia uma percurso maior, normalmente por rodovia, para chegar ao destino final, explica Pedro Brito, diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Com o fim da guerra, estradas poderão ser desafogadas de tráfego. Uma importação de empresa do interior paulista, por exemplo, entrava por Vitória – onde surgiu o incentivo – e viajava por rodovias até o destino, em vez de aportar em Santos e fazer o caminho mais curto. (O Globo)