Consultórios cheios, fila para marcar hora com um especialista, superlotação nos hospitais particulares. Médicos e operadoras de planos de saúde travam uma batalha em torno da remuneração e como resultado o atendimento piora para o usuário dos convênios, que estão em meio ao fogo cruzado. A guerra aberta pelos médicos fechou ontem os consultórios para os usuários dos planos. O conflito aponta novos problemas do setor, mas não enterra velhos fantasmas da saúde, como a negativa de cobertura e a batalha nos tribunais. Autorizações de procedimentos médicos continuam a ser assinado por juízes e desembargadores. A assistente de escritório Olívia Vieira tem 29 anos, 150 quilos e sofre com as complicações trazidas pela obesidade. Sua pressão arterial é alta e o fígado foi comprometido com gravidade. Com o laudo médico em mãos, ela solicitou ao plano a cobertura do procedimento que pode lhe garantir melhores condições de saúde. A autorização foi negada. Olívia recorreu à Justiça e conseguiu liminar para se submeter à cirurgia bariátrica por laparoscopia (procedimento por vídeo), considerada urgente. Vale lembrar que o procedimento passou a ser de cobertura obrigatória pelos planos de saúde desde janeiro, mas a determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não foi acatada. (Estado de Minas)