A dívida pública do governo federal em títulos nas mãos dos investidores totalizou R$ 1,69 trilhão em março, alta de 1,39% em relação a fevereiro. A expansão de R$ 24 bilhões em um mês se deveu em grande parte aos juros da dívida, que somaram R$ 16,39 bilhões, segundo os dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional. O custo da dívida tem crescido neste ano por causa dos aumentos da taxa Selic e da inflação. O custo médio acumulado em 12 meses subiu para 11,76% ao ano. Só não foi maior porque a valorização do real ante o dólar reduziu a despesa com o financiamento da dívida externa. As emissões de títulos superaram em R$ 6,87 bilhões os resgates. Conforme anunciado pelo governo, R$ 5,25 bilhões das novas emissões em março foram para capitalizar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Uma medida provisória, editada em 2010, autorizou empréstimo do Tesouro ao banco de até R$ 30 bilhões, mas o BNDES só havia recebido R$ 24,75 bilhões no ano passado. (O Estado de S.Paulo)