Os canteiros de obras dos 12 estádios para a Copa do Mundo no Brasil em 2014 transformaram-se no centro de uma disputa política com desdobramentos nas eleições municipais do próximo ano. Pré-candidato do PDT à Prefeitura de Sâo Paulo em 2012, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SP), ameaça parar os mais de 20 mil trabalhadores espalhados pelas capitais. A maior parte deles é ligada à Força Sindical. Se der certo, Paulinho fortalece também outros candidatos apoiados pela entidade, já que, à exceção de Brasília, todas as cidades terão eleições para prefeito no ano que vem. "Já avisamos ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que se as coisas não mudarem vamos parar tudo", disse Paulinho ao Estado de Minas. Além da prefeitura paulistana, a demonstração de força de Paulinho serve para fustigar outro grande adversário: a Central única dos Trabalhadores (CUT). A maior central sindical do país não comanda nenhuma obra nos estádios, mas disputa palmo a palmo o números de filiados com a Força. No Planalto, os passos de Paulinho não são enxergados apenas como uma mera reinvidicação trabalhista. "é muito cômodo você misturar mandato parlamentar com o comando de uma entidade sindical. Você pode fazer o que quiser", criticou um aliado da presidente Dilma. (Estado de Minas)