O Itamaraty decidiu adiar por tempo indeterminado uma aproximação do governo brasileiro com o Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia. Brasília planejava enviar um diplomata de alto escalão para estabelecer contato com o governo interino líbio, mas a indefinição sobre a situação no país do Norte da áfrica fez o Itamaraty repensar sua intenção de aproximação. Há poucos dias, o assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, revelou ao Estado que o governo brasileiro havia decidido tomar com cautela o avanço dos insurgentes líbios, alertando que a situação não estava resolvida. Na prática, a tradução dessa nova visão é o adiamento da decisão de restabelecer contatos com o governo interino líbio. Empresas como a Petrobrás, que foi obrigada a sair da Líbia e atualmente mantém os funcionários que trabalhavam em território líbio na Turquia, estão atentas a uma reaproximação. A empresa quer retomar suas atividades na Líbia. Um adiamento dos contatos com o governo interino do país poderia dar vantagem a outros países em contratos fechados nos próximos meses. (O Estado de S.Paulo)