A Agência Judaica para Israel, um órgão do governo israelense cuja finalidade é facilitar a imigração de judeus para o país, informou que a Argentina se comprometeu a continuar as investigações sobre atentados a alvos israelenses em Buenos Aires nos anos 1990.
Segundo a BBC Brasil, o presidente da agência, Natan Sharansky, se reuniu em Buenos Aires com o chanceler argentino, Hector Timermam, e disse ter recebido garantias de que o país não arquivará o inquérito, como havia indicado uma reportagem publicada na imprensa argentina.
Sharansky acrescentou que o ministro das Relações Exteriores acalmou as inquietações do governo israelense em relação às investigações e expressou "seu profundo compromisso com o esclarecimento dos atentados", que mataram 114 pessoas.
Em 1992, uma bomba destruiu a Embaixada israelense na capital argentina, deixando 29 mortos. Dois anos depois, em julho de 1994, um carro-bomba explodiu do lado de fora do centro judaico-argentino Amia, matando 85 pessoas.
O governo argentino, Israel e os EUA culpam o Irã de planejar os atentados, que por sua teriam sido realizados pelo grupo xiita libanês Hezbollah.