Um possível novo reajuste do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) colocou a indústria nacional de cerveja em compasso de espera. "Todos os investimentos dependem disso", diz o vice-presidente de relações corporativas da Heineken, Paulo Macedo. Hoje, o IPI responde por 9,5% do preço médio das cervejas. Não se sabe para quanto o tributo pode subir, mas a indústria já adianta que haverá repasse para o consumidor. "Se houver mais aumento na carga tributária, o repasse será integral", diz Macedo. Na Ambev, a previsão de investimentos para 2012, de R$ 2,6 bilhões, também depende de definição da Receita Federal sobre o tema. "Cerveja é um produto muito sensível a preço", diz o consultor Adalberto Viviani. "Qualquer aumento mexe com as vendas", afirma. Nos últimos 12 meses terminados em março, a cerveja acumula alta de 8,84%, variação acima da inflação do período, de 5,24%, segundo o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo(IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (O Estado de S.Paulo)