O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) aponta como uma das soluções para consolidar o programa do biodiesel no país a diversificação da produção agrícola, a redução da dependência de incentivos fiscais e a diminuição dos custos finais do produto. Estudo divulgado por técnicos do Ipea mostra que, da capacidade industrial instalada de produção, que hoje é mais de 6 milhões de litros por ano, 57% estão ociosos. A produção efetiva é 2,5 milhões de litros, ofertados para as distribuidoras. "A produção é altamente dependente da soja, que responde por 80% do volume produzido de biodiesel", diz o estudo. Por outro lado, a viabilidade econômica da produção com mamona, pinhão, girassol, canola e outras oleaginosas depende ainda de pesquisas e avanços tecnológicos. Além do foco na produção, é preciso mudanças na legislação do biodiesel, sugere o Ipea. Segundo o estudo, as discussões sobre a possível elevação dos atuais 5% para 7%, chegando a 20% de adição do biodiesel ao diesel, de forma paulatina, ao longo dos próximos anos, é tema central. (Agência Brasil)