A entrada de investimento estrangeiro direto (IED) no país somou US$ 6,326 bilhões no mês passado, com aumento de 11,28% sobre o mês anterior e 11,7% em relação a setembro do ano passado. "Foi o melhor setembro em investimento estrangeiro desde 2004", disse Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, ao divulgar o Relatório do Setor Externo. Por outro lado, quando se analisam os números com pagamento de juros da dívida, gastos e remessas ao exterior, o país caminha para o maior déficit nominal da história, acima de 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ele, a entrada de IED "foi maior do que esperávamos" e soma US$ 50,451 bilhões no acumulado janeiro-setembro. Mais que o dobro do IED registrado em igual período de 2010 (US$ 22,557 bilhões) e acima dos US$ 48,438 bilhões registrados em todo o ano passado. Como a entrada desses recursos mantém fluxo forte e ainda faltam três meses para o fim do ano, Maciel já acredita que a previsão de um acumulado de US$ 60 bilhões no ano, divulgada pelo BC, "é uma projeção conservadora". (Agência Brasil)