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Inútil fritura

É certo acreditar que Lula não gosta da política monetária. Considera um mal necessário que, ao longo do tempo, foi mais dura do que deveria ser. 


 


No entanto, na falta de opção melhor Lula ficará com a atual política.


 


Lula sabe que o Banco Central teve papel crítico para a criação de um bom ambiente econômico, sem ataques especulativos e volatilidade.


 


Lula sabe, ainda, que a estabilidade permitiu que pudesse tocar seus programas assistenciais de modo tranqüilo.  


 


Assim, analisando  a relação custo-benefício de uma eventual substituição, Meirelles e sua turma ficam no governo mesmo que parte do PT fique chateada.


 


O presidente teme que o custo da substituição de Meirelles  possa ser traduzido em alguma turbulência e incertezas em médio prazo. Tudo o que Lula não precisa.  


 


Assim, enquanto o PT tenta fritar Henrique Meirelles, Lula está preocupado com a política.  A verdadeira prioridade de seus movimentos.


 


Para ter tranqüilidade, Lula precisa construir uma base política sólida, cooptar os governadores para o estabelecimento de uma agenda institucional e, por fim, ter algum tipo de diálogo com a oposição.


 


Daí gerar incerteza com a substituição de Meirelles não faria parte da agenda do presidente.