A forte inflação de serviços, que caminha para ultrapassar os 9%, reflete claramente a pressão de demanda provocada pelo aumento da massa real de rendimentos do trabalho. Enquanto o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou variação de 6,7% nos últimos 12 meses, os preços dos serviços subiram 8,7% no mesmo período. Para o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados, esse problema da inflação dos serviços não se resolve no curto prazo. "Ela não cai porque está sempre referenciada ao passado." Por outro lado, a pressão da escassez de mão de obra representa aumento de salários para os trabalhadores e elevação de custos para as empresas. Em setores que não enfrentam concorrência de produtos importados, como é o caso dos serviços e mercado imobiliário, os custos são facilmente repassados adiante. (O Estado de S.Paulo)