A forte queda na produção industrial observada em janeiro, quando a atividade nas fábricas encolheu 2,1% frente a dezembro, feitos os ajustes sazonais, acendeu uma luz amarela sobre a retomada do crescimento econômico no primeiro trimestre de 2012. O recuo já estava no radar de analistas por causa do setor de veículos, mas veio com mais intensidade e, por isso, afetou as projeções mais otimistas para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do período. De 15 instituições consultadas pelo Valor, seis colocaram em perspectiva de baixa suas estimativas para a expansão do PIB entre o último quarto de 2011 e o primeiro trimestre de 2012, na comparação livre de efeitos sazonais, e duas já cortaram essas previsões. Para o ano, no entanto, a maioria dos analistas manteve suas expectativas, concentradas entre 3% e 3,5% para o crescimento do PIB, contando com efeito maior do ciclo de redução dos juros no segundo semestre – que foi cortado em 0,75 ponto percentual na última reunião do Copom, para 9,75% ao ano – e mais medidas que devem ser tomadas pelo governo para incentivar a produção doméstica. (Valor Econômico)