A indústria brasileira deverá puxar para baixo o crescimento da economia nacional neste ano. O real valorizado – que ampliou o acesso de produtos importados ao país – e altos estoques, resultado da redução do consumo, fazem com que economistas reduzam as previsões do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) no segundo trimestre. Estes fatores combinados com o temor de uma demanda mundial mais fraca por causa da atual crise do endividamento dos países ricos também secam as projeções da economia brasileira no segundo semestre. A Tendências Consultoria, por exemplo, acredita que a indústria vai registrar retração de 0,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro, enquanto a queda dos investimentos, na mesma comparação, será de 1,6%. Com isso, a consultoria reduziu na semana passada sua projeção do PIB do segundo trimestre de 1,1% para 0,7%. Assim, o crescimento do ano, antes previsto em 3,9%, deverá ser de 3,5%. (O Globo)