A história tende a se repetir e o Brasil deve ter uma redução dos investimentos por causa da nova turbulência mundial, causada pelo rebaixamento da nota de crédito do governo americano pela Standard & Poor"s e pelo alto endividamento de países da zona do euro. Mas especialistas divergem sobre o tamanho do tombo. Alguns imaginam que a queda não deva ser tão grande como em 2008 – quando os investimentos passaram de 19,1% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no Brasil) para 16,7% no ano seguinte, o que ainda não foi totalmente recuperado. Outros, como José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), estima que serão engavetados até R$16,7 bilhões em novos investimentos, ou 10% do que a entidade previa para este ano. Segundo Coelho, a queda no ímpeto das empresas é reflexo da esperada redução das exportações e da diminuição das vendas no mercado interno. Um levantamento divulgado em abril passado pela Fiesp, feito junto a 1.240 empresas de todos os portes e com atuação nacional, apontava um volume de R$167,1 bilhões em investimentos para este ano. O número já era 4,7% menor que o de 2010. (O Globo)