A indústria brasileira vive um momento de atenção. O horizonte não chega a ser assustador, mas está longe de trazer tranquilidade. A atividade do setor apresentou mais uma queda no mês de setembro, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Um levantamento mostrou que todos os indicadores, com exceção do faturamento, que cresceu 1% em relação a agosto, despencaram. O emprego, último item a ser afetado pela desacelaração da produção, já começa a sentir os impactos. O levantamento da entidade mostrou que no item horas trabalhadas houve queda de 1,3% em setembro, na comparação com agosto, e o nível de emprego recuou 0,3%, a maior queda mensal registrada desde abril de 2009. Mas, para a CNI, mesmo com o baque, houve um aumento de 3,5% da massa salarial em setembro, o que garantiu elevação de 3,3% no rendimento médio real do trabalhador naquele mês. Para Flávio Castelo Branco, economista da entidade, a queda na demanda industrial deveu-se ao aperto monetário e, principalmente, às circunstâncias negativas da crise internacional. "Temos uma taxa de câmbio que agora está melhor, mas, ainda assim, o dólar atinge fortemente o setor industrial", afirmou. (Correio Braziliense)