Com uma conta de pedidos de aliados beirando a centena de cargos e quase R$ 1 bilhão em liberação de emendas, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, tratou ontem de esfriar o ímpeto da base aliada, em especial do PMDB. A nova responsável pela articulação política do governo acenou apenas com a prorrogação do decreto que cancelava restos a pagar de obras do orçamento de 2009. Com relação a nomeações, ressaltou que não haverá qualquer modificação radical e que o governo promoverá apenas ajustes pontuais. A ministra teve uma reunião no fim da noite com a cúpula peemedebista da Câmara dos Deputados e do Senado para discutir os pleitos do partido e a pauta de votações do governo no Congresso. Ideli disse concordar com a prorrogação por mais 90 dias do decreto referente aos restos a pagar de 2009 – os repasses perderiam a validade no fim do mês -, mas não estimou quanto o governo empenhará das emendas parlamentares do orçamento deste ano. A base cobra cerca de R$ 3 bilhões e espera que ao menos R$ 1 bilhão seja empenhado até o início do recesso, em 15 de julho. (Estado de Minas)