O presidente de Honduras, Porfírio Lobo, e o presidente deposto do país, Manuel Zelaya, assinaram um acordo que permite o retorno do ex-mandatário a Honduras. A medida também abre caminho à reintegração do país à Organização de Estados Americanos (OEA), depois de quase dois anos de suspensão.
Segundo a BBC Brasil, Zelaya vive exilado na República Dominicana desde o golpe de Estado cívico-militar contra seu governo, há quase dois anos. Como parte das negociações, no início de maio, a Justiça de Honduras anulou os processos de corrupção contra o ex-presidente.
A anistia a Zelaya e seu retorno a seu país eram exigências dos integrantes da OEA para aceitar a reincorporação de Honduras à organização. A expectativa é de que Zelaya regresse a Tegucigalpa nos próximos dias, para que a reincorporação de Honduras à OEA ocorra antes da Assembleia Geral da organização, prevista para junho.
No documento, que estabelece nove pontos de entendimento, também foram incluídas garantias legais a exilados políticos membros do gabinete do ex-mandatário e seus simpatizantes.
O "acordo de Cartagena" deve abrir caminho para a legitimação do governo de Porfirio Lobo, proveniente de eleições organizadas pelo governo interino pós-golpe, cuja legitimidade foi questionada na região. O Brasil e a maioria dos países da América do Sul não reconhecem o atual governo hondurenho.