A crise política instalada no PV, devido à resistência do grupo de seu presidente, o deputado federal José Luiz Penna (SP), em promover mudanças no partido, deve não só provocar a saída de lideranças históricas, como a criação de um movimento político fora das esferas partidárias. Sem perspectiva de acordo no PV, aliados da ex-senadora Marina Silva (AC) não consideram a possibilidade de fundar um partido de imediato, mas sim um movimento político que pode resultar ou não na formação de uma sigla para disputar as eleições de 2014. Apoiadores da ex-senadora esperam uma aproximação do grupo de Penna até o fim do mês. Caso contrário, prometem uma debandada. De acordo com o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ), vice-presidente do PV, o grupo de Marina discute a possibilidade de criar um movimento com capilaridade nacional que defenda as propostas apresentadas pela ex-senadora durante a campanha presidencial de 2010. Além de Sirkis, devem acompanhar a ex-senadora o empresário Guilherme Leal (vice na chapa presidencial), Ricardo Young, Fábio Feldmann e outros militantes que não tenham pretensões eleitorais para 2012. "Não há tempo hábil para a criação de um partido (visando eleições municipais)", explicou Sirkis. (Agência Estado)