A combinação de relações cada vez mais tensas entre sindicatos e empreiteiras começa a formar um barril de pólvora que pode comprometer o andamento das obras dos estádios que servirão de palco para a Copa do Mundo de 2014. Além da greve no Maracanã, que deixou 2,5 mil trabalhadores de braços cruzados e deverá ser julgada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) nesta semana, há focos de insatisfação espalhados pelas reformas ou construções das arenas de Belo Horizonte, Recife, Salvador e Cuiabá, e Porto Alegre. O Valor apurou que, nos dias 22 e 23, lideranças sindicais das 12 cidades-sedes vão se reunir, em Vitória (ES), para elaborar uma pauta conjunta de reivindicações. A ideia é avançar em uma proposta de piso salarial unificado para os operários e um pacote de benefícios comum, segundo Adalberto Galvão, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria de Construção Pesada. (Valor Econômico)