Debelada a crise na Casa Civil, que culminou com a saída de Antonio Palocci, a presidente Dilma Rousseff vai retomar, na próxima semana, a elaboração de uma nova política industrial para o país. A ação trará pelo menos duas novidades como contrapartida a incentivos fiscais: as empresas estrangeiras serão obrigadas a transferir tecnologia em projetos com financiamento público e o governo aumentará o índice de conteúdo local, que corresponde à parcela do produto composta por insumos e peças domésticas, para acelerar a nacionalização dos bens fabricados no Brasil. Na mira da ampliação do índice de conteúdo local estão máquinas e equipamentos e produtos farmacêuticos e químicos. – Vamos nos focar em conteúdo local e tecnologia, além de estimular a associação entre empresas brasileiras e estrangeiras – disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Segundo ele, o governo usará seu poder de compras, dando preferência a insumos, peças e equipamentos nacionais. A Câmara dos Deputados tentará destravar a votação de matérias como a medida provisória, a MP 495, que concede preferência para produtos e serviços brasileiros com preços até 25% maiores que os dos importados. (O Globo)