De olho no crescimento das vendas de carros importados, o Ministério da Fazenda elevou em 30 pontos percentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para proteger a industria nacional. Nos modelos mais baratos, de mil cilindradas, o IPI passará de 7% para 37%. Nos mais caros, o imposto, que hoje oscila de 11 % a 13%, ficará entre 41 % e 43%. Com isso, a expectativa é que o preço do carro importado suba 28%. A alta do imposto deve barrar a invasão de veículos chineses e coreanos, principalmente. Se não quiser se sujeitar ao aumento do imposto, as montadoras terão de utilizar pelo menos 65% das peças nacionais ou produzidas no Mercosul. Também serão obrigadas a investir em inovação tecnológica. O Brasil é o quinto maior mercado consumidor de automóveis e o sétimo produtor. Só no primeiro semestre, importou US$ 5,2 bilhões, com aumento de 46,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as exportações tiveram queda de 7,8%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil deve chegar à quarta posição entre os produtores. (O Globo)