Mais de 15 anos depois de passar às mãos da iniciativa privada, a maior parte das primeiras estradas federais concessionadas ainda é cara para o usuário e não atende à atual demanda de tráfego. Depois de identificar a necessidade de novas obras nos trechos, o governo federal agora quer negociar os novos investimentos com as empresas responsáveis pelos trechos: CCR e Triunfo. A intenção é que os desembolsos, de pelo menos R$ 2,5 bilhões, sejam feitos pelas concessionárias a uma remuneração menor do que a praticada nas altas taxas dos contratos atuais – para não onerar ainda mais a tarifa do pedágio. Caso não concordem, as empresas podem até ter seus contratos rescindidos pelo governo, que espera definir o assunto até fevereiro. Segundo Mário Mondolfo, superintendente de exploração de infraestrutura rodoviária da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a instituição está estudando diferentes alternativas para que as novas obras sejam executadas. Caso as próprias concessionárias façam os investimentos, o contrato firmado com o governo em 1995 garante aos grupos que exploram essas rodovias uma taxa interna de retorno (TIR) sobre o investimento de até 20% – número alto demais quando comparado ao das concessões dos anos 2000, que ficam em torno de 8%. Mesmo para novos investimentos, os contratos estabelecem a remuneração acordada na época. (Valor Econômico)