Os questionamentos judiciais em relação ao aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis importados estão longe de botar um freio na disposição do governo brasileiro de adotar barreiras protecionistas. Para compensar a indústria nacional da perda de competitividade, a presidente Dilma Rousseff determinou aos ministros da área econômica que não se cansem de buscar formas de o Brasil se defender – e atacar, sempre que preciso – na guerra cambial. Ao mesmo tempo, o governo prepara mais medidas para fortalecer o sistema de defesa comercial, a serem anunciadas hoje pelo chanceler Antonio Patriota. Uma delas será o envolvimento da Advocacia Geral da União (AGU) na resolução de contenciosos e pendências comerciais, junto com o Itamaraty. Convencida de que EUA, União Europeia e Japão não superaram a crise de 2008 e caminham para a recessão, Dilma desenvolveu uma nova estratégia para proteger a indústria nacional e melhorar os dados da balança comercial de produtos industrializados. Ela determinou que as instituições envolvidas na área de promoção comercial, incluindo os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e o BNDES, reforcem a política de integração Sul-Sul e deem atenção especial ao intercâmbio com a América Latina e áfrica para manufaturados e Sudeste asiático para commodities. (O Globo)